José Cabral (Maputo, 1952) aprendeu fotografia com o pai, técnico dos Caminhos de Ferro de Moçambique e fotógrafo e cineasta amador. Trabalhou como repórter fotográfico no Instituto Nacional de Cinema (1975-78) e no semanário Domingo (1981-82), e a seguir como responsável pelo Departamento de fotografia do Ministério da Agricultura (1983-85). De 1986 a 1990 lecionou no Centro de Formação Fotográfica de Moçambique. Em 1987 obteve uma bolsa de estudo para Itália e em 1996 viajou para os Estados Unidos da América (Prémio Mid-American Arts Alliance). Em 1998 foi publicado um primeiro livro, A Guerra da Água, associado ao filme do mesmo nome, de Licínio de Azevedo. Em 1999, em Évora, expôs fotografias desta cidade e da Ilha de Moçambique. Apresentou uma mostra antológica da sua obra no Photofesta 2006, em Maputo, intitulada As Linhas da Minha Mão. Duas outras mostras sublinharam o lado mais intimista e autobiográfico de parte substancial do seu trabalho - Anjos Urbanos, em Lisboa e Maputo, 2009-10; e Espelhos Quebrados, Maputo, 2012, também parcialmente mostrada em Lisboa, na série De Perto.