Gerardo Burmester nasceu no Porto (1953), onde vive e trabalha. Frequentou a Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Viveu e trabalhou em Paris de 1975-78.
Inicia a apresentação do seu trabalho na segunda metade da década de 70, desenvolvendo várias ações performativas e configurando uma obra pictórica que associa referências neorromânticas à crítica irónica da condição da pintura e dos seus temas na situação portuguesa e internacional do momento.
Foi membro do Grupo Puzzle e fundou e dirigiu em 1982, com Albuquerque Mendes, o Espaço Lusitano, no Porto. Em finais da década de 80, a sua obra passa a utilizar o objeto e a instalação espacial como propostas de um teatro dos lugares por ela reinventados, aproximando e distanciando o espectador em jogos de sedução visual tão atrativos quanto frios no perfeccionismo intocável dos materiais utilizados: madeira folheada, alumínio polido, feltro industrial. Atualmente, o artista apresenta um conjunto de elementos coloridos de alumínio polido cujos volumes pontuam o lugar num itinerário que tanto reflete a imagem do espectador como sublinha a exterioridade deste em relação ao alinhamento daqueles no espaço. Peças de consideráveis dimensões assinalam outro novo elemento de pesquisa: o acrílico e as suas potenciais “transparências”.