Descrição
Jorge Dias e Lino Damião são representantes de contextos similares, na medida em que ambos testemunharam a guerra civil que se seguiu às independências dos seus países. Embora o primeiro resida em Moçambique e o segundo em Angola, o seu trabalho potencia uma leitura dos imaginários passados e presentes dos respectivos países, cada um caracterizado por expectativas individuais e aspirações colectivas distintas. A sua produção evidencia-se por pontos em comum: por um lado, uma sensação de esperança, plena de utopia; por outro, uma rendição às vicissitudes de uma vida social martirizada pelas vãs promessas das várias ideologias e regimes que marcaram Angola e Moçambique nas últimas décadas.